quarta-feira, 4 de março de 2009

MODERNISMO EM PORTUGAL Início: 1915 com a publicação da revista Orpheu, de que participaram Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Santa Rita Pintor, Ronald de Carvalho (brasileiro) entre outros. Não passou do segundo número. Objetivo: demolir heranças literárias dogmatizadas. Em 1927 – criação de uma nova revista Presença – José Régio, Branquinho da Fonseca e João Gaspar Simões. Continuaram a luta contra o academicismo. FERNANDO PESSOA (Lisboa / 1888 – 1935) Obras: Mensagem (1924) – única obra em português publicada em vida. Linguagem superelaborada. Celebra as fantásticas irrealidades e loucuras de heróis da lenda e da história do país, como Ulisses, Viriato, D. Sebastião etc. Constitui-se de 44 poemas dispostos em três partes, “Brasão”, “Mar Português” e “O Encoberto”. Tratam respectivamente das figuras históricas e lendárias que permitiram a ascensão de Portugal, do apogeu de Portugal com as navegações e do declínio português. OUTRAS OBRAS
- Poemas de Alberto Caeiro; - Odes de Ricardo Reis; - Poesias de Álvaro de Campos; - Poesias de Fernando Pessoa; - Poemas Dramáticos – O Marinheiro; - Quadras ao Gosto Popular; - Poemas Ingleses – Poemas Franceses – Poemas Traduzidos; - Poesias Inéditas. EM PROSA
- O Livro do Desassossego - Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação - Páginas de Estética e de Teoria e Crítica Literária; - Textos Filosóficos - Cartas de Amor ; E outros. CONSIDERAÇÕES: O poeta desdobra-se em várias máscaras. Uma delas, Fernando Pessoa, ‘ele mesmo’, constrói a poesia ortonímica, assinada pelo próprio Fernando Pessoa. As outras máscaras constituem os HETERÔNIMOS do poeta, dentre os quais se destacam: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos, além de outros menos desenvolvidos.
Caeiro: é um mestre bucólico, poeta-filósofo, concentra-se na conquista da felicidade, que, segundo ele, só é possível com a neutralização da razão. Censura a metafísica e as religiões que abstraem a dinvindade, volta-se para a vida simples junto à Natureza. Vocabulário pobre, versos livres, sintaxe simples e imagens comuns.
Ricardo Reis: é um neoclássico estóico (resignação) e epicurista (equilíbrio) - filosofia grega. Escreve com elegância de estilo, senso de equilíbrio e domínio virtuoso da língua. Gosta da vida calma e afastada, nos campos, a celebrar o carpe diem.
Álvaro de Campos: é um futurista neurótico e angustiado (niilista). Apresenta três fases distintas: Decadentismo – nostalgia de além, horror à vida; Futurismo – celebra a máquina, a velocidade, com versos livres, linguagem coloquial e prosaica (sensacionismo – expressão de sensações); Niilismo – tédio, desânimo, apatia. Fernando Pessoa – ele mesmo – parece ser o heterônimo de algum outro ser/poeta, instalado entre um heterônimo e outro, nos intervalos.

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